Repatriação dos Brasileiros no Líbano
O governo brasileiro está intensificando seus esforços para repatriar os cidadãos que se encontram no Líbano, como resposta à escalada do conflito na região. Recentemente, o segundo voo da Força Aérea Brasileira (FAB) chegou à Base Aérea de Guarulhos, trazendo cerca de 220 brasileiros, entre os quais estavam aproximadamente 50 crianças.
Contexto da Repatriação
A operação de repatriação se torna cada vez mais urgente devido ao avanço das operações terrestres israelenses e ao aumento dos bombardeios no território libanês. O analista sênior de assuntos internacionais, Américo Martins, afirma que “essa é uma operação muito delicada que envolve muitos departamentos diferentes do governo brasileiro”.
Desafios Logísticos e Humanitários
O Ministério da Defesa e o Itamaraty estão colaborando na triagem e na organização dos voos de repatriação. A situação na região é bastante complexa, especialmente devido ao conflito entre Israel e o Hezbollah, que tem impactado a vida de civis, incluindo brasileiros.
Segundo Martins, “mais do dobro do número de brasileiros pediu para sair do Líbano do que de Israel, da Cisjordânia e da Faixa de Gaza”. Estima-se que aproximadamente 3.000 brasileiros solicitaram a repatriação do Líbano, o que pode exigir cerca de 20 voos para atender a demanda.
Rotas Limitadas e Riscos Crescentes
A única rota viável para a repatriação é aérea, uma mudança em relação a operações anteriores que utilizavam rotas terrestres através da Síria. Embora a situação na Síria esteja menos intensa que no passado, ainda apresenta uma instabilidade política significativa.
O governo brasileiro enfrenta o desafio de acelerar as operações de resgate, considerando que já houve registros de vítimas brasileiras devido aos bombardeios. A comunidade brasileira no Líbano, que conta com mais de 20 mil pessoas, aguarda com ansiedade por assistência em meio à crescente tensão na região.