Declarações de Donald Trump sobre os judeus
Na última segunda-feira (7), durante um evento que comemorava o primeiro aniversário dos ataques do Hamas em 7 de outubro em Israel, o ex-presidente Donald Trump afirmou que, caso seja eleito para um segundo mandato na Casa Branca, iria “remover aqueles que odeiam os judeus”.
Compromissos com a comunidade judaica
Trump prometeu que “defenderia a população judaica americana” e que tomaria medidas para proteger suas comunidades, escolas, locais de culto e valores. Ele declarou que seria necessário remover os “simpatizantes jihadistas” e aqueles que, segundo ele, odeiam os judeus e não contribuem para o país, apenas buscam destruí-lo. Essas declarações foram feitas em seu campo de golfe em Doral, na Flórida.
O cerne da mensagem
Embora tenha feito essas afirmações contundentes, Trump não especificou quem exatamente considerava como “odiadores dos judeus”. Ele mencionou que o dia 7 de outubro foi o “mais mortal para o povo judeu desde o Holocausto” ao lembrar os ataques terroristas.
Citações sobre o Partido Democrata
Trump também afirmou que o “ódio antijudaico” estaria presente dentro do Partido Democrata. Ele tem insinuado que eleitores judeus que apoiam os democratas devem “ter as suas cabeças examinadas”, fazendo referência a um estereótipo antissemita que sugere que os judeus americanos têm uma lealdade dividida entre Israel e os Estados Unidos. O ex-presidente expressou que tal ódio se manifestou nas ruas, meios de comunicação e até mesmo em universidades, atribuindo especificamente ao Partido Democrata e reafirmando que não é algo que ocorre no Partido Republicano.
Promessas do Partido Republicano
Uma das promessas que integra a plataforma do Partido Republicano, aprovada durante a Convenção Nacional Republicana em julho, é a intenção de “deportar os radicais pró-Hamas” e tornar os campi universitários “novamente seguros e patrióticos”.
Críticas a manifestações e ao governo atual
Durante o início deste ano, em meio a protestos em universidades por todo o país, Trump criticou tanto os manifestantes quanto a resposta do governo de Joe Biden. Sem apresentar evidências, ele mencionou que acreditava que muitos manifestantes eram “agitadores profissionais”.
Vínculos com Israel
No evento de 7 de outubro, Trump declarou que o vínculo entre os Estados Unidos e Israel é forte e duradouro. Ele prometeu que, se reeleito, a relação seria “mais forte e mais próxima do que nunca”. Trump enfatizou a importância de vencer a próxima eleição e advertiu sobre as “tremendas consequências” de uma derrota.
Apoio da comunidade judaica nas eleições
Em um evento anterior, Trump apontou que não foi “tratado adequadamente” pelos eleitores judeus nas eleições de 2020. Ele ainda sugeriu que esses eleitores teriam alguma responsabilidade caso ele não fosse bem-sucedido nas próximas eleições, elogiando seu histórico de suporte a Israel.
Histórico de discursos problemáticos
Donald Trump é conhecido por suas falas que contêm elementos antissemitas. Em sua campanha anterior, ele fez um discurso na Coligação Judaica Republicana que continha estereótipos. Após deixar o cargo, ele disse que os judeus americanos estavam ignorando Israel. Em uma entrevista recente, Trump afirmou que qualquer judeu que votasse nos democratas “odeia sua religião” e “tudo sobre Israel”.