Declarações dos EUA Sobre a Operação Israelense
Na última quinta-feira, os Estados Unidos afirmaram que suas forças não participaram da operação israelense que resultou na morte de Yahya Sinwar, líder do Hamas. Porém, foi ressaltado que os Estados Unidos colaboraram com informações de inteligência referentes aos líderes do Hamas.
Patrick Ryder, major-general da Força Aérea dos EUA e porta-voz do Pentágono, afirmou: “Esta foi uma operação israelense. Não houve forças dos EUA diretamente envolvidas.” Ele continuou explicando que as informações e inteligência fornecidas pelas forças americanas foram essenciais no rastreamento e localização dos líderes do Hamas, que eram responsáveis por manter reféns.
Ryder também enfatizou que, apesar da contribuição americana, os detalhes da operação devem ser dirigidos às autoridades israelenses, uma vez que a execução foi totalmente sob responsabilidade de Israel.
Quem é Yahya Sinwar?
Yahya Sinwar, uma figura proeminente no Hamas, nasceu em 1962 em um campo de refugiados em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. Ele foi um dos responsáveis pela criação do braço militar do grupo e, ao longo do tempo, estabeleceu importante conexões políticas com diversas potências árabes.
Em 2017, Sinwar foi eleito como líder político do Hamas em Gaza, fazendo parte do principal corpo de decisão do grupo, o Politburo. Desde então, ele se tornou o líder de fato dessa entidade, conforme indicado por uma pesquisa do Conselho Europeu de Relações Exteriores (ECFR).
O Departamento de Estado dos EUA o designou como terrorista global em 2015, e ele também foi alvo de sanções no Reino Unido e na França.
O Conflito na Faixa de Gaza
Desde o ano passado, Israel tem promovido intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza, em resposta à invasão do Hamas, que resultou na morte de aproximadamente 1.200 pessoas, segundo as autoridades israelenses. O Hamas também é conhecido por manter dezenas de reféns da região.
- O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense em nome da Palestina.
- O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tem repetidamente assegurado a destruição das capacidades do Hamas e a recuperação dos reféns detidos em Gaza.
- Além das ofensivas aéreas, o Exército israelense realiza incursões terrestres na Faixa de Gaza, o que provocou o deslocamento significativo da população local.
A ONU e várias organizações humanitárias alertaram sobre a situação crítica na Faixa de Gaza, caracterizada pela escassez de alimentos, medicamentos e a propagação de doenças. Após quase um ano de conflito, manifestações ocorreram em Israel contra Netanyahu, com a população pedindo a renúncia do premiê por não conseguir negociar um cessar-fogo que possibilitasse a libertação dos reféns.