Morte de Comandante do Hezbollah
Na madrugada da terça-feira (8), as Forças Armadas de Israel confirmaram a morte de Suhail Hussein Husseini, comandante do quartel-general do grupo extremista Hezbollah, durante um ataque em Beirute, no Líbano. A informação foi relatada pela agência Reuters.
O ataque ocorre em um contexto de intensificação dos conflitos na região, com advertências e bombardeios acontecendo em ambos os lados da fronteira entre Israel e o Líbano.
Escalada do Conflito
Desde o aumento da tensão no mês passado, Israel informou a eliminação de diversas lideranças do Hezbollah. Entre os mortos está Sayyed Hassan Nasrallah, que liderava o grupo desde 1992.
- De janeiro a julho de 2023, quatro comandantes do Hezbollah foram mortos.
- Desde setembro, pelo menos seis líderes adicionais foram eliminados.
Impacto e Função de Husseini
As forças israelenses informaram que o quartel-general do Hezbollah é vital para a supervisão das operações logísticas do grupo, incluindo o controle do orçamento e a gestão de outras unidades. Segundo o comunicado, Husseini foi responsável por:
- Transferências de armas entre o Irã e o Hezbollah.
- Distribuição de armamento entre as unidades administrativas do Hezbollah.
- Supervisão do transporte e alocação das armas.
Além disso, Husseini era parte do conselho da Jihad, que é o conselho de liderança militar sênior do Hezbollah, e tinha um papel significativo em operações sensíveis, como a coordenação de ataques contra o Israel.
Consequências dos Conflitos
O impacto do conflito é visível no Líbano. Um balanço divulgado pelo Ministério da Saúde do país mostrou que as mortes em ataques israelenses já somam 2.083, com 9.869 feridos. Entre os falecidos, ao menos 250 eram combatentes do Hezbollah.
Nas 24 horas que antecederam o relatório, 22 pessoas perderam a vida e 111 ficaram feridas devido aos bombardeios que atingiram diferentes regiões do Líbano. O Hezbollah tem se engajado em confrontos com as forças israelenses ao longo da fronteira desde o dia 8 de outubro de 2023, em apoio ao Hamas.
Comparativo com Conflitos Passados
Os números atuais de mortos superam o total de óbitos registrado durante a guerra do Líbano em 2006, que foi de 1.191 em pouco mais de um mês, envolvendo civis, soldados e membros do Hezbollah.
O governo israelense alega que seus bombardeios visam estruturas específicas do Hezbollah, enquanto o governo libanês ressalta que a maioria das vítimas são civis. Além dos ataques aéreos, Israel também realizou invasões por terra no território libanês.
Conflito Contínuo
Ultimamente, os conflitos têm se intensificado, com ataques do Hezbollah e do Hamas contra Israel, que continua seus bombardeios em Gaza, Beirute e no sul do Líbano.