Introdução à Corrida Eleitoral nos EUA
Segundo a análise do sociólogo e analista político Thiago de Aragão, a disputa eleitoral nos Estados Unidos está mais acirrada do que o esperado. O ex-presidente Donald Trump adotou uma postura mais agressiva em sua campanha, especialmente considerando que a eleição se aproxima.
Expectativas das Campanhas
Aragão destaca que a equipe de Trump não previa uma competição tão acirrada na segunda metade de outubro. Ele comenta: “Trump, há seis meses, há nove meses, há um ano, não se imaginava nesta situação, onde não seria claramente o vencedor”.
A confiança excessiva da equipe do ex-presidente é refletida na escolha prematura de um vice-presidente, o que pode indicar que eles acreditavam que a vitória estava assegurada.
Segundo o analista, “A escolha de J.D. Vance é um exemplo de uma decisão para um vice-presidente já como um fato consumado e não como parte de uma campanha”.
Estratégia de Diferenciação
Com a concorrência apertada, Trump intensificou sua agressividade, tentando se afastar de sua adversária, Kamala Harris. Aragão explica que “Trump se esforça para se demonstrar completamente diferente de Kamala Harris”.
A posturas combativa de Trump é vista como uma combinação de descontrole e cálculo político. Aragão observa: “Ele é primeiro descontrole e depois ele é tachado como cálculo. Trump, ele é o mestre em remodular suas falas”.
Apesar da agressividade, o analista acredita que essa estratégia pode ser benéfica para Trump, especialmente quando comparada à abordagem mais comedida de Harris. Ele conclui: “Essa agressividade reflete uma frustração, mas, de certa forma, também acaba trazendo uma vantagem para ele em relação à passividade de Kamala Harris”.