Reforço Militar na Venezuela
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, decidiu aumentar a presença militar e fez uma alteração significativa no alto comando das Forças Armadas do país. Essa avaliação foi feita pelo analista internacional Lourival Sant’anna em uma transmissão recente.
Mudanças no Comando das Forças Armadas
Segundo Sant’anna, Maduro promoveu a substituição dos comandantes de todas as forças militares, incluindo o Exército, a Marinha, a Força Aérea e também os chefes de Inteligência, Contra Inteligência Militar e da Polícia. Alguns desses oficiais estavam sob sanções dos Estados Unidos, levando em conta sua atuação em tentar obstruir eleições justas e sua responsabilidade por crimes contra a humanidade.
Consolidação de Poder e Lealdade
As mudanças parecem ser uma estratégia de Maduro para favorecer pessoas menos suscetíveis a sanções internacionais e que demonstram maior lealdade tanto a ele quanto a Diosdado Cabello, que foi recentemente nomeado como ministro do Interior e da Justiça. O atual ministro da Defesa, Vladimir Padrino, que publicamente declarou sua lealdade a Maduro após as eleições, permanece em seu cargo.
Sant’anna sugere que Maduro está seguindo uma abordagem semelhante à de Vladimir Putin, buscando assegurar sua permanência no poder e criando um “inimigo imaginário”. Nesse contexto, a Guiana pode assumir um papel comparable ao da Ucrânia em relação à Rússia, sendo vista como um país vizinho próspero e alinhado ao Ocidente, mas militarmente inferior.
Tensões com a Guiana e Possíveis Consequências
Ao construir um ambiente de ameaça, mesmo sem uma invasão direta, Maduro estabelece as condições para impor leis mais severas e intensificar a perseguição aos opositores. Essa estratégia oferece a Maduro uma imagem de “único protetor possível” para a Venezuela.
Embora a possibilidade de uma invasão da Guiana não esteja clara, a retórica de Maduro já cria um clima favorável à implementação de medidas autoritárias, justificadas pela suposta ameaça externa que o país enfrenta.