Competição Intensa na China
O professor Rodrigo Zeidan, que ensina na NYU Shanghai e na Fundação Dom Cabral, compartilhou insights em um programa recente sobre o ambiente de negócios na China. Ele descreveu o nível de competição no país como “absurdamente alto” e o classificou como o lugar mais competitivo do mundo em termos de disputas empresariais.
A Necessidade de Expansão Internacional
De acordo com Zeidan, a internacionalização das empresas chinesas não é uma diretriz do governo, mas sim uma necessidade para se manterem relevantes em um mercado interno extremamente competitivo. Ele afirmou: “Essa expansão internacional não é uma briga contra o exterior, é uma briga interna entre empresas hiperagressivas para saber quem sobrevive no médio prazo.”
Cenário Competitivo Sem Precedentes
O professor destacou a vasta competição no setor de veículos elétricos como um exemplo. Em comparação com o Brasil, onde existem apenas algumas empresas desse segmento, a China conta com cerca de 200 fabricantes. Zeidan prevê uma significativa consolidação do mercado até 2030, resultando na sobrevivência de apenas cinco empresas em meio à intensa competição.
Essa realidade força as companhias a buscar a expansão global como uma estratégia essencial para a sua sobrevivência.
Impacto na Economia Global
A competitividade agressiva das empresas chinesas tem provocado reações em blocos econômicos internacionais, como os da Europa. Zeidan argumenta que essa expansão continuará a ocorrer, não por uma estratégia governamental, mas pela imperiosa necessidade de as empresas manterem sua posição no mercado global.
Ele exemplificou essa situação com a BYD, afirmando: “A BYD não tem medo da Mercedes-Benz, não tem medo da Tesla, ela tem medo das outras chinesas e por causa disso ela tem que se expandir para garantir que no processo de consolidação ela sobreviva.” Essa citação reflete a mentalidade das empresas chinesas no panorama atual.