Situação Crítica em Santarém
A seca intensa que atinge a região do Lago Grande, em Santarém, no oeste do Pará, está trazendo grandes desafios para o transporte de pacientes das comunidades ribeirinhas. Devido à baixa profundidade dos rios, a navegação tornou-se inviável, tornando as operações aéreas a única alternativa para o resgate.
Desafios para o Resgate Aéreo
Imagens registradas a partir de aeronaves durante operações de resgate, realizadas pelos pilotos da Fundação Dieter Morszeck, revelam a severidade da seca e as dificuldades enfrentadas tanto pelas equipes de socorro quanto pelos moradores das áreas isoladas.
Segundo o médico Erik Jennings, o Lago da Vila Gorete foi escolhido para o resgate de um paciente, sendo um dos poucos lugares na região que ainda possui profundidade suficiente para a aterrissagem de hidroaviões. Contudo, a quantidade de locais seguros para pousos de emergência caiu drasticamente devido à seca.
- Antes, havia mais de 52 comunidades com lagos aptos para operações.
- Atualmente, restam apenas entre 10 e 15 locais seguros para pousos.
Dependência das Operações Aéreas
As emergências médicas na região do Baixo Amazonas agora dependem inteiramente de operações aéreas. Profissionais de saúde e pacientes enfrentam longos trajetos até acessarem o lago ou o rio mais próximo. O transporte até esses locais se torna ainda mais complicado pela necessidade de atravessar terrenos arenosos.
Dificuldades no Transporte
A viagem de ambulância, que anteriormente levava menos tempo, agora se estende para cerca de uma hora e meia. Essa longa jornada é crucial para o sucesso das operações de resgate, que requerem uma rápida colaboração do comando de voo.
A dificuldade enfrentada por quem reside nas regiões ribeirinhas do Baixo Amazonas se agrava durante a seca, quando tanto os acessos terrestres quanto aquáticos se tornam ainda mais limitados. Dessa forma, as operações aéreas frequentemente se apresentam como a única maneira de preservar vidas em áreas remotas.