Prisão Preventiva de Roberto Franceschetti Filho
A Justiça de Bauru, São Paulo, aceitou o pedido da 3.ª Delegacia de Homicídios para transformar a prisão temporária de Roberto Franceschetti Filho em prisão preventiva. Roberto é considerado o principal suspeito da morte de Cláudia Regina Lobo, secretária executiva da Apae. Ele foi indiciado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.
Encaminhamentos do Inquérito
No dia 10 de agosto, o inquérito foi finalizado e enviado ao Ministério Público. O delegado responsável, Cledson Luiz do Nascimento, solicitou a prisão preventiva de Roberto, uma vez que a prisão temporária de 30 dias se encerraria no dia 13 de agosto.
Outro suspeito, Dilomar Batista, funcionário do almoxarifado da Apae, também foi indiciado pelos crimes de ocultação de cadáver e fraude processual. Embora a prisão dele tenha sido solicitada durante a investigação, foi negada por falta de elementos suficientes. Dilomar permanece em liberdade enquanto segue sendo investigado.
Contexto do Caso
Cláudia foi vista pela última vez no dia 6 de agosto, ao entrar em um carro da Apae, sem levar celular ou documentos. Após seu desaparecimento, o veículo foi encontrado abandonado. Em um laudo feito em 16 de setembro, constatou-se que o sangue encontrado no veículo pertencia a Cláudia, consolidando a suspeita de homicídio.
Desdobramentos das Investigações
Roberto Franceschetti Filho, antes de ser considerado o principal suspeito, tentou desviar as investigações indicando familiares de Cláudia, que tinham problemas com tráfico de drogas. Entretanto, depoimentos de outros funcionários e a análise de documentos revelaram um cenário de disputas internas de poder, onde Cláudia era vista como superior a Roberto, que foi colocado na presidência da Apae por ela.
Documentos encontrados durante a investigação mostraram inconsistências financeiras ligadas a Cláudia, reforçando a ideia de um conflito mais profundo entre os envolvidos.
Confirmação do Homicídio
No dia 26 de agosto, a Polícia Civil confirmou o assassinato de Cláudia. A investigação revelou que ela foi morta por um tiro disparado por Roberto, dentro do veículo da Apae. Imagens de câmeras de segurança mostraram Roberto saindo do banco do passageiro e assumindo o volante, enquanto Cláudia se deslocava para o banco de trás do carro. Na análise, a polícia acredita que o disparo ocorreu rapidamente, enquanto o carro permaneceu parado por alguns minutos.
Pós-crime, Roberto ameaçou Dilomar, pedindo ajuda para se livrar do corpo de Cláudia. Dilomar confessou que, sob ameaça, ajudou a queimar o corpo da funcionária, espalhando as cinzas em uma área de mata próxima.
Busca por Cláudia Lobo
A Apae divulgou que a área rural onde foram realizadas buscas foi utilizada para descarte de materiais da instituição e isso foi descoberto após uma sindicância interna. Durante as buscas, foram encontrados objetos pessoais de Cláudia, como seus óculos, que foram reconhecidos por familiares.
Além disso, análises balísticas associaram um estojo de pistola ao armamento de Roberto, levantando mais evidências contra ele. O histórico de ligações de Roberto também indicou sua presença no local onde o carro de Cláudia foi encontrado.
As imagens das câmeras de segurança e a movimentação de Roberto foram fundamentais para a construção do caso, evidenciando sua participação no desaparecimento e assassinato de Cláudia.