Interrogatório dos Acusados
O interrogatório dos acusados pela morte do ex-prefeito de Plácido de Castro, Gedeon Barros, que começou no dia 10 de outubro, foi remarcado para o dia 24 de outubro. Segundo informações do Tribunal de Justiça do Acre, algumas testemunhas foram ouvidas, mas a audiência de instrução precisou ser adianda devido ao horário.
Além dos réus, pelo menos 20 testemunhas também devem depor na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco.
Assassinato de Gedeon Barros
Gedeon Barros foi assassinado a tiros na manhã de 20 de maio de 2021, no bairro Santa Inês, em Rio Branco. Dois homens, que chegaram em uma motocicleta, foram os responsáveis pela execução, fugindo após o crime para o bairro Belo Jardim, onde a polícia concentrou suas buscas.
Detalhes do Caso
Após a morte de Gedeon, emergiram diversas informações sobre o caso:
- Os nomes dos réus não foram divulgados pelo Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC).
- Gedeon tinha uma dívida de R$ 130 mil com o ex-secretário de Esportes de Plácido de Castro, Liomar Jesus Mariano, conhecido como Mazinho Mariano.
- Em agosto deste ano, Mazinho Mariano obteve liberdade após permanecer oito meses preso, apesar das alegações de que sua prisão foi arbitrária.
Desdobramentos e Prisões
No dia 20 de dezembro do ano passado, Carmélio da Silva Bezerra e Mazinho foram detidos durante uma operação da Polícia Civil em três cidades. Um terceiro suspeito, que já estava preso por outro crime, também teve sua prisão atualizada. Em fevereiro de 2024, um homem de 38 anos, suspeito de participar do assassinato, foi capturado em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza.
A operação responsável pela captura foi chamada de Crime Cracker, a qual cumpriu mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva. Carmélio foi posteriormente libertado e autorizado a ficar com a família em Plácido de Castro.
Denúncias e Réus
A 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco recebeu denúncia contra sete suspeitos pela execução de Gedeon e os tornou réus por homicídio qualificado em janeiro deste ano. Confira os denunciados e suas atribuições:
- Carmélio da Silva Bezerra e Liomar de Jesus Mariano: apontados como mandantes do crime e responderão por coação no curso do processo;
- Clebson Rodrigues do Nascimento e Weverton Monteiro Oliveira: identificados como responsáveis pela contratação dos executores;
- Antônio Severino de Souza: acusado de repassar informações sobre Gedeon e ajudar na emboscada;
- João da Silva Cavalcante Junior e Sairo Gonçalvez Petronilio: o primeiro é apontado como condutor da moto e o segundo como autor dos disparos.
Delação Premiada
Durante o processo, um dos envolvidos fez uma delação premiada, indicando os demais suspeitos. O delator afirmou que os mandantes seriam um agiota de Plácido de Castro e um boliviano devido a uma dívida da vítima. O relato menciona que os mandantes estavam presentes em reuniões de planejamento do crime.
O plano inicial dos mandantes era que o crime parecesse um latrocínio, ou seja, um roubo seguido de morte, para confundir a investigação.
Considerações Finais
O juiz responsável pelo caso enfatizou a gravidade do crime e a necessidade de garantir a ordem pública, destacando o alto poder financeiro dos envolvidos, que causava instabilidade e insegurança na sociedade.