Passagem do Furacão Milton em Orlando
Duas famílias de Jaú e Bauru, no interior de São Paulo, passaram pela experiência de viver a passagem do furacão Milton em Orlando, na Flórida, na noite de quarta-feira, 9 de outubro. O fenômeno, que se originou no Caribe, atingiu a Flórida como um furacão de categoria 3, mas perdeu força e foi reclassificado como categoria 1, apresentando ventos de até 145 km/h. Segundo informações, foram registradas 12 mortes em decorrência da tempestade, além de várias cidades alagadas e mais de 3,4 milhões de pessoas sem energia elétrica.
Experiências das Famílias
Na quinta-feira, 11 de outubro, o olho do furacão deixou a Flórida e seguiu em direção ao Oceano Atlântico, com a expectativa de se transformar em uma tempestade tropical.
Preparação e Mobilização
Mariani Ragoni, uma professora de 41 anos que se mudou para Orlando há pouco mais de dois meses com sua família, relatou momentos de tensão durante a passagem do furacão. Ela compartilhou que não sabia ao certo qual seria o nível de segurança durante o evento. Para enfrentar a situação, havia uma mobilização ampla na região, com várias medidas sendo implementadas:
- Suspensão de pedágios a partir de segunda-feira, 7 de outubro.
- Hotéis nas áreas de evacuação não cobravam estadia.
- Motoristas de aplicativo ofereciam viagens gratuitas para os abrigos.
Ela observou longas filas em postos de gasolina e supermercados, onde as pessoas buscavam suprimentos não perecíveis. “Levamos um tempo para encontrar água, e quando encontramos, já havia limitações de compra”, acrescentou.
Busca por Abrigo
Com o medo da tempestade, Mariani e sua família decidiram se refugiar em um abrigo montado em uma escola, uma decisão motivada pela insegurança de morar em um apartamento no último andar. “O barulho dos ventos era assustador, mas o abrigo era mais seguro”, afirmou.
Impactos na Região
No bairro Lake Nona, onde Mariani reside, a energia elétrica permaneceu estável e não houve alagamentos, ao passo que muitas outras áreas de Orlando enfrentavam problemas de inundação e quedas de energia.
Uma Viagem Interrompida
Maria Victória Paulucio Carrion, de 22 anos, teve suas férias em família interrompidas pelo furacão. A família de Bauru tinha planos de visitar os parques da Disney, mas foram surpreendidos pela tempestade. Embora a situação fosse preocupante, relatou que passaram a noite com apenas algumas interrupções de energia.
As orientações das autoridades foram claras: retirar móveis das áreas externas. Além disso, Maria notou a escassez de suprimentos nos mercados, com lojas utilizando sacos de areia para proteger suas entradas.
Consequências do Furacão
O furacão Milton provocou a maior evacuação no estado da Flórida em oito anos, desde o furacão Irma, em 2017. Todos os portos foram fechados e a maioria dos aeroportos suspendeu suas operações, resultando no cancelamento de mais de 1.700 voos. As autoridades emitiram ordens de evacuação obrigatória para 11 condados ao redor da Baía de Tampa, afetando uma população de aproximadamente 5,9 milhões de pessoas.