Impacto da Crise Hídrica no Porto de Porto Velho
Os trabalhadores do Porto de Porto Velho interromperam suas atividades devido às difíceis condições de navegabilidade no Rio Madeira. Esse fechamento afetou significativamente a movimentação de cargas, especialmente entre os estados de Rondônia e Amazonas.
Doações e Apoio aos Trabalhadores
Nesta sexta-feira (9), armadores e operadores portuários receberam cestas básicas como forma de apoio durante a crise. As operações no porto estão paralisadas há 16 dias devido à seca extrema, que fez o nível do rio cair para 23 centímetros, uma marca histórica dos últimos 60 anos.
A doação de alimentos foi uma iniciativa do próprio porto, visando mitigar os impactos da atual situação sobre a subsistência dos trabalhadores. No momento, o Porto opera apenas de forma parcial, limitando-se a atividades administrativas e ao armazenamento de cargas. A normalização das atividades dependerá do aumento do nível do rio, que deverá proporcionar condições seguras para a navegação.
Diálogo com o Governo e Monitoramento da Crise
A administração do porto é feita pela Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia (SOPH). Essa entidade está em diálogo com o Governo do Estado para explorar outras formas de suporte aos trabalhadores afetados.
Movimentação de Cargas e Commodities
A paralisação das atividades portuárias resultou em impactos diretos na movimentação de cargas, incluindo:
- Granéis sólidos: milho e soja
- Granéis líquidos: massa asfáltica e biocombustível
- Cargas gerais: alimentos, bebidas e veículos
A SOPH tem enviado bombas para a remoção de água em casos de encalhe, além de monitorar a situação hídrica em parceria com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a Marinha e a Federação Nacional das Empresas de Navegação (Fenavega).
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