Retaliação do Exército Israelense
Na manhã deste sábado (26), o Exército de Israel divulgou que sua retaliação ao Irã foi finalizada, após realizar três ondas de ataques aéreos.
Os militares israelenses informaram que os ataques foram “precisos e direcionados” a alvos militares no Irã. Em um comunicado, as Forças de Defesa de Israel afirmaram: “O ataque retaliatório foi concluído e a missão foi cumprida. Nossos aviões retornaram para casa em segurança”.
A Força Aérea de Israel destacou que atingiu várias “instalações de fabricação de mísseis”, que, de acordo com eles, foram utilizadas para produzir os mísseis disparados pelo Irã contra Israel. Além disso, o Exército israelense afirmou ter desativado “conjuntos de mísseis terra-ar e capacidades aéreas iranianas adicionais, com o objetivo de garantir a liberdade de operação no espaço aéreo iraniano”.
Contexto da Escalada de Conflitos no Oriente Médio
O lançamento de mísseis do Irã contra Israel, ocorrido no dia 1º de outubro, marcou uma nova fase no conflito regional no Oriente Médio. Neste cenário, de um lado está Israel, que conta com o apoio dos Estados Unidos, e do outro, o chamado Eixo da Resistência, que é apoiado financeiramente e militarmente pelo Irã, abrigando diversos grupos paramilitares.
Atualmente, há sete frentes de conflito em andamento:
- República Islâmica do Irã
- Hamas na Faixa de Gaza
- Hezbollah no Líbano
- Governo sírio e milícias atuantes no país
- Houthis no Iémen
- Grupos xiitas no Iraque
- Organizações militantes na Cisjordânia
Israel mantém soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza, e realiza bombardeios aéreos nas outras quatro.
Ação no Líbano e Consequências
No dia 30 de setembro, o Exército de Israel iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano, logo após a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, devido a um bombardeio ao quartel-general do grupo, situado em Beirute. As Forças de Defesa de Israel mencionaram que praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah foi eliminada em bombardeios realizados nas semanas recentes.
No dia 23 de setembro, o Líbano registrou o dia mais letal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais. A situação levou o Itamaraty a condenar os ataques e solicitar o fim das hostilidades, após a confirmação de que pelo menos dois adolescentes brasileiros foram mortos nos ataques.
Diante do aumento da violência, o governo brasileiro iniciou uma operação para repatriar cidadãos brasileiros no Líbano. Na Cisjordânia, as forças israelenses têm tentado desarticular grupos opositores à ocupação israelense do território palestino.
Aguarde a Atualização sobre a Faixa de Gaza
Na Faixa de Gaza, Israel mantém seu foco em eliminar o Hamas, responsável por um ataque no dia 7 de outubro que resultou em mais de 1.200 mortes, de acordo com informações do governo israelense. O conflito resultou na morte de mais de 40 mil palestinos, conforme relatado pelo Ministério da Saúde do enclave controlado pelo Hamas. O líder do Hamas, Yahya Sinwar, foi morto pelas forças israelenses no dia 16 de outubro na cidade de Rafah.