Contexto do Ataque
No início da manhã deste sábado (26), Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, estava em um bunker na base militar de Kirya, em Tel Aviv, durante um ataque israelense ao Irã. Essa informação foi divulgada pelo gabinete do primeiro-ministro.
Uma imagem do gabinete de Netanyahu retrata o líder sentado ao lado do ministro da Defesa, Yoav Gallant, e outros oficiais militares. As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram os ataques a alvos militares iranianos na mesma manhã.
Justificativa dos Ataques
O porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari, afirmou em um vídeo que a operação ocorreu “em resposta a meses de ataques contínuos do regime do Irã contra Israel”. Segundo ele, as IDF estão realizando “atividades precisas” em alvos militares iranianos.
Hagari reiterou que o regime iraniano e seus aliados têm atacado Israel de forma contínua desde 7 de outubro, utilizando sete frentes, incluindo ataques diretos do solo iraniano.
Ele reforçou que “como qualquer país soberano, Israel possui o direito e o dever de se defender”. O porta-voz destacou que as capacidades defensivas e ofensivas do país estão mobilizadas para garantir a segurança de Israel e de seu povo.
A Escalada do Conflito no Oriente Médio
O ataque com mísseis do Irã a Israel, ocorrido em 1º de outubro, marcou um novo capítulo no conflito regional. De um lado, está Israel, apoiado pelos Estados Unidos, e do outro, o Eixo da Resistência, que conta com suporte financeiro e militar do Irã e envolve diversos grupos paramilitares.
Frentes de Conflito Atualmente Abertas
Atualmente, existem sete frentes de conflito openas:
- República Islâmica do Irã
- Hamas, na Faixa de Gaza
- Hezbollah, no Líbano
- Governo da Síria e milícias atuantes no país
- Houthis, no Iémen
- Grupos xiitas no Iraque
- Diferentes organizações militantes na Cisjordânia
Israel está realizando operações em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza, enquanto em outras quatro realiza bombardeios aéreos.
Recentes Conflitos e Consequências
No dia 30 de setembro, o Exército israelense iniciou uma operação terrestre limitada no Líbano, poucos dias após o assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah. A IDF alega que eliminou praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em ataques recentes.
O dia 23 de setembro foi um dos mais letais para o Líbano desde 2006, resultando em mais de 500 mortes. Dois adolescentes brasileiros também foram confirmados como vítimas. O governo brasileiro expressou preocupação e pediu o fim das hostilidades.
Com o aumento dos conflitos, o governo brasileiro iniciou a repatriação de cidadãos no Líbano e, na Cisjordânia, as forças israelenses tentam desmantelar grupos que se opõem à ocupação de território palestino.
Na Faixa de Gaza, Israel visa eliminar o Hamas, que foi responsável por um ataque em 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo a contagem oficial israelense. As operações em Gaza resultaram em um alto número de fatalidades entre os palestinos, com o Ministério da Saúde do enclave relatando mais de 40 mil mortes. O líder do Hamas, Yahya Sinwar, foi morto pelas forças israelenses em 16 de outubro.