Aviso aos EUA Sobre Ataques ao Irã
Israel notificou a Casa Branca com antecedência sobre suas ações de retaliação contra o Irã, conforme revelou uma fonte bem informada. Os ataques foram descritos pelas Forças de Defesa de Israel na plataforma X como “ataques precisos a alvos militares”. No entanto, ainda não há informações claras sobre quais locais específicos foram atingidos.
Atualmente, o presidente Joe Biden encontra-se em Wilmington, Delaware, e seus assessores não planejam realizar reuniões sobre a situação. Nos últimos dias, altos funcionários dos EUA enfatizaram a importância de que as ações de Israel não levem a uma escalada desnecessária ou afetem a economia global.
Restrições e Preocupações do Governo dos EUA
O presidente Biden e sua equipe de segurança nacional, em discussões frequentes, expressaram que não apoiariam ataques direcionados às instalações nucleares ou reservas de petróleo do Irã. Apesar da crença de que outros países poderiam compensar a produção de petróleo do Irã, que é de cerca de um milhão de barris por dia, havia preocupações mais relevantes relacionadas ao impacto no mercado e à possibilidade de um aumento nos preços de energia, especialmente em um período próximo às eleições nos EUA.
Uma fonte afirmou: “A psicologia é mais substancial do que a realidade”, destacando que até mesmo a sugestão de um possível ataque a instalações de petróleo já fez os preços do mercado subirem mais de 4%. Após preocupações levantadas pelo governo Biden, oficiais israelenses garantiram que seus ataques seriam direcionados a ativos militares e não a alvos nucleares ou de petróleo.
A Escalada dos Conflitos no Oriente Médio
O ataque com mísseis do Irã a Israel, ocorrido no dia 1º de outubro, representou uma nova fase nos conflitos regionais. De um lado, Israel conta com o apoio dos Estados Unidos; do outro está o Eixo da Resistência, que recebe apoio militar e financeiro do Irã, incluindo diversos grupos paramilitares.
- República Islâmica do Irã
- Hamas, na Faixa de Gaza
- Hezbollah, no Líbano
- Governo Sírio e milícias locais
- Houthis, no Iémen
- Grupos xiitas no Iraque
- Organizações militantes na Cisjordânia
Israel está envolvido em três dessas frentes de conflito: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza, enquanto em outras quatro realiza bombardeios aéreos. Recentemente, o Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano, após um ataque que resultou na morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmaram ter atingido a maior parte da estrutura de comando do Hezbollah nas últimas semanas. No dia 23 de setembro, o Líbano registrou o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais, incluindo a morte de dois adolescentes brasileiros. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.
Operações em Diferentes Frentes
Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro começou operações para repatriar cidadãos no Líbano. Na Cisjordânia, as forças israelenses buscam desarticular grupos que se opõem à ocupação israelense. Na Faixa de Gaza, Israel foca na erradicação do Hamas, que foi responsável pelo ataque em 7 de outubro, resultando em mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense.
A operação israelense em Gaza resultou na morte de mais de 40 mil palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas. O líder do Hamas, Yahya Sinwar, foi morto pelo Exército israelense no dia 16 de outubro, na cidade de Rafah.