Desempenho do Ibovespa
Nesta sexta-feira (25), o Ibovespa apresentou variações modestas. A reação positiva aos resultados que superaram as expectativas de empresas como Vale, Usiminas e Suzano foi amenizada pela alta dos contratos de DI, refletindo preocupações contínuas em relação ao cenário fiscal do Brasil.
Por volta das 10h50, o Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, registrava uma alta de 0,2%, alcançando 130.323,41 pontos. Até aquele momento, o índice acumulava uma perda de 0,13% na semana, com um volume financeiro de R$ 2,44 bilhões.
Movimentação do Dólar
O dólar, por sua vez, apresentou uma alta em relação ao real, recuperando-se de algumas das perdas anteriores. Essa movimentação ocorre em meio às preocupações dos investidores com o cenário fiscal brasileiro, que superaram a estabilidade nas negociações internacionais pré-eleição nos Estados Unidos.
Às 11h15, o dólar à vista subia 0,37%, cotado a R$ 5,685 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha uma alta de 0,21%, atingindo R$ 5,677 na venda.
Análise do Mercado
Durante essa sessão, a movimentação no câmbio focou em uma agenda macroeconômica reduzida, tanto no Brasil quanto no exterior. A falta de novas informações sobre eventos significativos, como o pacote de estímulo da China e o conflito no Oriente Médio, fez com que o mercado nacional se concentrasse mais no contexto doméstico.
Segundo a análise técnica da equipe do Itaú BBA, apesar da tendência de baixa, a alta registrada na véspera indicou que há compradores na faixa dos 129 mil pontos. O próximo desafio será observar se o índice conseguirá ultrapassar os 130.700 pontos e iniciar uma recuperação mais robusta.
Taxa de Juros e Expectativas de Medidas Fiscais
No entanto, o otimismo da B3 enfrentou pressão devido ao aumento da curva futura de juros no Brasil, que subiu novamente após um dia de alívio. Isso ocorreu mesmo com a queda nos rendimentos dos Treasuries, à medida que investidores aguardam um anúncio de medidas fiscais por parte do governo, mas permanecem céticos.
Na véspera, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, manifestaram visões favoráveis à adoção de medidas que garantam a sustentabilidade das contas públicas, uma postura que foi bem recebida pelo mercado. Contudo, a expectativa por ações concretas ainda persiste.