Resultados Financeiros da Suzano
A Suzano, uma das principais fabricantes de celulose do Brasil, registrou um lucro de R$ 3,2 bilhões no terceiro trimestre deste ano, conforme divulgado em seu balanço corporativo. Este resultado positivo foi impulsionado pela valorização do câmbio em relação à dívida, operações com derivativos e um aumento na receita líquida.
Comparativo com Trimestres Anteriores
No segundo trimestre de 2023, a empresa havia apresentado um prejuízo de R$ 3,7 bilhões, e no mesmo período do ano passado, um prejuízo de R$ 729 milhões.
A receita líquida da Suzano no terceiro trimestre totalizou R$ 12,7 bilhões, com 79% dessa receita proveniente do mercado externo. No segundo trimestre, essa participação estava em 80%, enquanto no terceiro trimestre do ano passado, era de 75%. O aumento de 7% em comparação ao segundo trimestre se deve à valorização do dólar médio em relação ao real (6%) e ao maior volume vendido (4%), embora tenha havido uma redução de 4% no preço médio líquido da celulose em dólar.
Vendas de Celulose e Papel
No terceiro trimestre, as vendas de celulose alcançaram 2,6 milhões de toneladas, representando um crescimento de 6% em relação ao ano anterior, enquanto as vendas de papel aumentaram 9%, totalizando 360 mil toneladas.
Geração de Caixa Operacional
A geração de caixa operacional, medida pelo Ebitda (Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização), menos as despesas de capital, foi de R$ 4,3 bilhões no terceiro trimestre. A redução de 6% em relação ao segundo trimestre é atribuída ao aumento das despesas de capital de manutenção e à diminuição do Ebitda ajustado por tonelada. Em comparação ao terceiro trimestre do ano passado, houve um aumento de 118% na geração de caixa operacional por tonelada, devido ao maior Ebitda ajustado.
Análise do Ebitda
A margem do Ebitda caiu de 55% no segundo trimestre para 53% no terceiro trimestre. O Ebitda teve um aumento de 4% em relação ao período anterior, influenciado pela valorização do dólar (6%) e pelo aumento do volume vendido (4%). No entanto, isso foi compensado pela elevação da base de caixa e pela queda de 4% no preço médio líquido da celulose em dólar.
Comparando com o terceiro trimestre do ano passado, o Ebitda registrou um crescimento de 77%, impulsionado pelo aumento do preço médio da celulose em dólar (23%), valorização do dólar em relação ao real (14%) e maior volume de vendas (6%). O Ebitda por tonelada subiu 66% pelos mesmos motivos.
Dívida da Suzano
Ao final de setembro, a dívida bruta da Suzano totalizava R$ 87,8 bilhões, com 91% desse montante vencendo a longo prazo e 9% a curto prazo. A dívida em moeda estrangeira representava 80%% da dívida total. Ao considerar o efeito do hedge da dívida, esse percentual subiu para 89%.
Comparando com o segundo trimestre, a dívida bruta teve uma redução de 1%, principalmente devido à amortização de principal, juros e variação cambial positiva de R$ 1.371 milhões, apesar da apropriação de juros e novas captações no período.
Despesas Financeiras
As despesas financeiras aumentaram 36% em relação ao segundo trimestre em função da redução dos juros capitalizados desde o início do Projeto Cerrado, que começou em julho. Em comparação com o terceiro trimestre de 2022, as despesas financeiras cresceram 33%, em grande parte por causa da queda nos juros capitalizados e ao aumento das despesas em moeda estrangeira, consequência da valorização de 9% do dólar.