Atividades de Hackers Ligados ao Irã em Eleições nos EUA
Hackers associados ao governo iraniano realizaram pesquisas em sites relacionados às eleições em diversos estados dos EUA. O objetivo dessas atividades parece ser a identificação de vulnerabilidades que poderiam ser exploradas para influenciar a próxima eleição presidencial. Essa informação foi divulgada pela Microsoft em um relatório recente.
Observações de Autoridades
Agências federais estão monitorando com atenção as ações dos hackers iranianos. Um representante do governo dos EUA confirmou que esse tipo de atividade está sendo investigada continuamente.
Reconhecimento de Sites
A pesquisa em questão, que aconteceu em abril, foi identificada recentemente pelos analistas da Microsoft. Além disso, em maio, os hackers também executaram um reconhecimento em meios de comunicação importantes dos EUA.
Tentativas de Desestabilização nas Eleições de 2024
Aos olhos das agências de inteligência dos EUA, o Irã parece estar tentando criar discórdia durante as eleições de 2024. Este esforço inclui:
- Realização de atividades de hacking direcionadas à campanha do ex-presidente Donald Trump.
- Incentivo a protestos contra a postura dos EUA em relação a Israel.
Aumento de Atividades Hacker
Os analistas da Microsoft acreditam que a atividade dos hackers iranianos tende a aumentar com a proximidade das eleições, considerando o histórico do grupo em interferir em processos eleitorais.
Vigilância e Proteções na Eleição
Embora a pesquisa realizada pelos hackers tenha sido detectada, não há indícios de que isso tenha levado a tentativas de invasão dos sites. As autoridades afirmam que essa atividade não representa uma ameaça para a integridade da votação, uma vez que várias medidas de proteção e verificação estão em vigor.
Preocupações com Desinformação
As autoridades dos EUA estão alerta para o fato de que esses esforços podem ser uma tentativa de gerar desconfiança entre os eleitores. Um exemplo disso é o possível vazamento de dados de registro de eleitores públicos, buscando convencer as pessoas de que os hackers têm acesso a sistemas eleitorais mais críticos.
Negações do Irã
A Missão Permanente do Irã nas Nações Unidas refutou as alegações, afirmando que são infundadas e sem credibilidade. O comunicado ressalta que o Irã não se envolve em assuntos internos ou controvérsias eleitorais nos Estados Unidos.
Desinformação por Parte da Rússia
Logo após as alegações sobre as atividades do Irã, as agências de inteligência dos EUA emitiram uma avaliação sobre a atuação de agentes russos que disseminavam conteúdo difamatório contra um candidato democrata à vice-presidência, Tim Walz, em redes sociais.
Utilização de Sítios de Mídia Social para Manipulação
A preocupação também se estende ao uso de desinformação por parte do Irã e da Rússia para incitar violência entre o dia da eleição e a certificação dos votos. Por exemplo, houve um caso em que um grupo russo usou a plataforma X para compartilhar vídeos manipulados direcionados a um candidato específico, o que obteve um grande número de visualizações.
Histórico do Grupo de Hackers
Os especialistas da Microsoft identificaram o grupo que está pesquisando os sites eleitorais como Cotton Sandstorm, possivelmente vinculado ao Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã. Em 2020, esse mesmo grupo tentou intimidar eleitores se passando por um grupo de extrema direita.
Atuação da China em Eleições
Embora a China não tenha estabelecido um esforço coordenado para influenciar a eleição presidencial, informes indicam que o país está mirando em diversas eleições locais e estaduais por meio de campanhas nas redes sociais. Um novo relatório da Microsoft evidencia que agentes chineses trabalham ativamente para comprometer candidatos ao Senado e à Câmara.
Expectativas para o Futuro
Chris Krebs, ex-chefe da Agência Federal de Segurança Cibernética e Infraestrutura dos EUA, destacou que as operações de desinformação devem ser esperadas nos meses que seguem. Ele ressalta que essa situação poderá ser incômoda, mas não necessariamente decisiva. Krebs aconselha os eleitores a manterem uma visão crítica diante do cenário de informações que se avizinha.