Convites à Nova Composição dos Brics
Na recente Cúpula dos Brics, realizada no dia 23 de agosto, foi decidido que 13 novos países receberão convites para integrar o bloco. No entanto, ainda será necessário realizar consultas com as nações interessadas antes de formalizar esses convites.
Questões Sobre os Novos Integrantes
A inclusão desses novos países levanta importantes questionamentos sobre os objetivos da expansão e a verdadeira capacidade deles de contribuir para uma “governança mais inclusiva e sustentável” no cenário global.
Entre os países indicados para receber convites estão:
- Turquia
- Indonésia
- Argélia
- Belarus
- Cuba
- Bolívia
- Malásia
- Uzbequistão
- Cazaquistão
- Tailândia
- Vietnã
- Nigéria
- Uganda
Crítica à Lista de Novos Membros
O analista internacional Lourival Sant’Anna fez uma análise crítica da lista dos novos possíveis integrantes, observando a falta de democracias liberais e a presença de regimes com problemas de governança.
Ele afirma que, entre os países escolhidos, “nenhum deles possui uma governança verdadeiramente inclusiva e sustentável”. Para Sant’Anna, a verdadeira essência da governança envolve princípios como transparência, participação e racionalidade, características ausentes na maioria dos países listados.
O analista destaca que a nova composição inclui diferentes regimes autoritários, onde:
- Cuba e Vietnã são exemplos de “ditaduras de partido único”
- A Argélia é vista como uma “ditadura pessoal”
Além disso, cita a Nigéria e Uganda por terem sistemas de alternância de poder “viciados” e altos índices de corrupção.
Reflexões sobre a Expansão dos Brics
A expansão do bloco Brics gera dúvidas sobre as reais intenções por trás da inclusão dessas nações. Sant’Anna sugere que essa movimentação pode estar mais ligada a interesses geopolíticos, especialmente da China, do que a um verdadeiro fortalecimento da governança global.
Ele propõe a reflexão: “A inclusão seria apenas para aumentar o número de membros? Ou seria uma estratégia da China para expandir sua influência regional, arbitrando conflitos locais e exercendo mais poder político, militar e econômico no mundo?”.