Proposta de Paz Brasil-China para o Conflito Rússia-Ucrânia
A iniciativa de paz desenvolvida em conjunto por Brasil e China para abordar o conflito entre Rússia e Ucrânia recebeu um impulso significativo durante a Cúpula dos Brics. O analista de relações internacionais Américo Martins, que está presente em Kazan, Rússia, para cobrir o evento, observou que a proposta vem recebendo apoio crescente, especialmente entre os países que compõem o bloco.
Sinais de Aceitação por Parte da Rússia
Segundo Martins, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, começou a mostrar sinais de que poderia considerar uma solução para o conflito nos termos do acordo apresentado. O analista afirmou:
“O presidente Putin está dando alguns sinais de que aceitaria esse tipo de proposta, até porque é uma proposta que seria mais benéfica aos russos, já que não pede a retirada dos invasores do território da Ucrânia.”
Detalhes da Proposta de Paz
A proposta elaborada pelos países envolve pontos essenciais, que incluem:
- Uma trégua no combate: O que resultaria no congelamento da atual linha de frente.
- Aumento da ajuda humanitária: Para as pessoas impactadas pela guerra em ambos os lados.
- Criação de um “clube de paz”: Destinado à discussão e resolução do conflito entre as partes envolvidas.
Martins também destacou que a proposta ganha relevância devido ao apoio da China, um dos principais países do Brics. Ele afirmou:
“Quando você tem o presidente da China falando num fórum como esse, num fórum global, essa proposta ganha um pouco mais de peso.”
Resistência por Parte da Ucrânia
No entanto, a iniciativa enfrenta resistência por parte da Ucrânia. O governo de Kiev se mostrou crítico à proposta, pois ela não prevê a retirada das tropas russas do território ucraniano. Isso poderia representar, na prática, uma derrota para a Ucrânia, que teria que abrir mão de cerca de 20% de seu território.
Discussões entre os Países dos Brics
O analista também mencionou que a proposta foi amplamente debatida em reuniões bilaterais entre os países membros dos Brics, que incluem Índia, China, Brasil e Rússia. Esses diálogos são essenciais para entender as diferentes perspectivas envolvidas.