Relação com o Presidente e o Banco Central
O economista Gabriel Galípolo, que foi indicado para liderar o Banco Central, afirmou em uma sabatina no Senado, realizada na terça-feira (8), que mantém a “melhor relação possível” com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele também destacou a boa relação que possui com Roberto Campos Neto, o atual presidente da autoridade monetária.
Assegurando Liberdade nas Decisões
Durante a sua fala na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Galípolo declarou: “A minha relação com o presidente é a melhor possível, com o presidente Lula e com o presidente Roberto. Sempre fui muito bem tratado pelos dois. Eu não consigo fazer qualquer queixa a nenhum deles.”
Ele enfatizou que, nas conversas com Lula, teve a certeza de que terá “liberdade na tomada de decisões” e que o foco deve ser sempre os interesses da população brasileira. Galípolo lamentou não ter podido contribuir mais para melhorar a relação entre o Banco Central e o Executivo.
Minimizando Críticas
O economista tentou minimizar as críticas que surgiram quanto a possíveis desentendimentos com Campos Neto, que enfrenta pressão no cargo desde o início do governo em decorrência do nível da Selic, a taxa básica de juros. O atual mandato de Campos Neto vai até 31 de dezembro.
Ele afirmou: “Sinto que gerei uma grande frustração talvez na expectativa que existia de que ao entrar no Banco Central fosse começar um grande reality show com disputas e brigas ali dentro. Sinto não poder corroborar com a ideia eventual de que poderia existir uma polarização ali da minha parte.”
Processo de Indicação
Galípolo foi indicado oficialmente por Lula para a presidência do Banco Central no final de agosto. Atualmente, ocupa a Diretoria de Política Monetária do Banco Central.
O presidente da CAE, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), ressaltou que há uma expectativa de unanimidade na votação da indicação. Para ser aprovado, Galípolo precisa do apoio de pelo menos 41 dos 81 senadores, e a votação acontece de forma secreta. Se aprovado na votação no plenário, a indicação será enviada à Presidência da República.