Comportamento do Macaco-Prego na Natureza
O macaco-prego, conhecido por sua inteligência, utiliza objetos como ferramentas para diversas atividades. Recentemente, esse comportamento foi observado na Serra da Capivara, no Piauí, onde uma fêmea dessa espécie lançou pedras em um macho como parte de seu ritual de corte. Essa técnica é considerada uma forma de display sexual, uma prática já registrada apenas nesse grupo de primatas.
Técnica de Cortesia dos Macacos-Prego
Quando a fêmea deseja chamar a atenção do macho, ela inicia uma interação lançando pequenas pedras nele. O primatólogo Andrews explica que, muitas vezes, o macho está distraído, mas a insistência da fêmea acaba despertando seu interesse, levando à cópula.
Uso de Ferramentas pelos Macacos-Prego
Além das pedras, os macacos-prego utilizam galhos como varas para alcançar alimento em locais de difícil acesso. Eles são capazes de:
- Capturar aranhas-de-alçapão
- Encontrar lagartos escondidos
- Coletar mel de colmeias
Esses comportamentos reforçam a importância do estudo da diversidade dentro da espécie, já que tanto as pedras quanto as varetas são ferramentas utilizadas para aumentar suas chances de sobrevivência.
Características dos Macacos-Prego
Os macacos-prego pertencem aos gêneros Cebus e Sapajus, com cerca de dez espécies no total. A espécie Sapajus libidinosus se destaca por ser endêmica do Brasil, habitando regiões como o Cerrado e a Caatinga.
Uma característica interessante do nome “macaco-prego” vem do formato dos órgãos sexuais dos machos e fêmeas, que se assemelham a um prego. Em comunidades, esses primatas vivem em grupos que podem variar de 25 a 50 indivíduos, onde a colaboração e o cuidado com os filhotes são fundamentais para a sobrevivência da espécie.
Conservação e Ameaças
Atualmente, a espécie está classificada como Quase Ameaçada (NT) pelo sistema de avaliação do ICMBio. Dentre as principais ameaças estão:
- Destruição do habitat
- Tráfico de animais, especialmente filhotes
A Sociedade Brasileira de Primatologia (SBPr) promove a campanha “Macaco não é pet”, que visa conscientizar a população sobre os riscos de se ter primatas como animais de estimação, destacando que a vida em cativeiro sem a convivência adequada pode levar a doenças graves nos animais.
Esses macacos, assim como muitos outros primatas, precisam da convivência em grupo para se manterem saudáveis e evitar o desenvolvimento de problemas relacionados ao estresse e à solidão.